quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Pequena... pequena????
Assisti novamente "Pequena Miss Sunshine". Passou na TV aberta. O caso é que vi no filme coisas das quais ainda não havia me dado conta...
Bem o espírito dessa época do ano: empurrando a van amarela a família segregadíssima segue junta e prol de um sonho no qual absolutamente ninguém acretida. Mas deu tão certo! Tudo dá certinho, tudo se encaixa com o humor necessário.
Que filme bárbaro!
Sigamos empurando a van cheia de idéias, novidades, diferenças, emperrando vez em quando, fluindo em outras ocasiões, e sendo bem atrevidos como a pequena miss mostrou ser.
Ótimo 2010.
Que tenha mais Som que Fúria e que não seja um idiota contando.
Rá!
Em Macbeth, William Shakespeare definiu a vida como "uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada".
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
"A gente quer saída para qualquer parte"
sábado, 12 de dezembro de 2009
"the answer my friend is blowing in the wind"
Bom mesmo.
Pareço exatamente a mistura de todas as idades que somo.
Choramingo feito criança de um ano, tenho a serenidade de 32 anos, a ansiedade da adolescente de 17 anos, a fúria dos 22, a curiosidade dos 3 anos, a longevidade das primeiras 24 horas... a aparência que menos importa nesse mundo imenso!
Engatinhando pela vida, assumo todas as possibilidades para poder ser feliz.
Olhar pra frente e dizer: quero viver isso ainda!
Olhar pra trás e dizer: fui eu quem fiz!
Presentinho que recebi e transfiro:
Beijos a todos.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
"Quando mentir for preciso, poder falar a verdade"
Final de semana e, mais uma vez, acabou a comida dos gatinhos. Resultado: "se mande para o supermercado patroa e compre a comidinha no nosso sabor predileto além de areinha higiênica que também acabará logo em breve".
Cumprindo ordens felinas, lá me vou.
Escolhe, escolhe, segue-se ao caixa de pequenas compras( teoricamente deveria ser rápido... teoricamente) e a saga se inicia. O caixa de compras rápidas serve pra tudo, exceto para compras rápidas. Serve para pagamento de boletos bancários, para compras do mês, para reclamações com o gerente, para contar moedas de um centavo na hora de pagar a conta de 37 reais e para tomar seu tempo e paciência. Enfureço só de ver umas comprinhas com mais de 20 itens na fila de caixa pequenas compras. Parei de contar os itens nos carrinhos alheios para evitar as rugas desnecessárias e prejuízo com botox no decorrer dos próximos 15 anos.
De conhecimento da LENTIDÃO do caixa rápido, os supermercados dispõe mercadorias em tooooooooooda longa fila em Z com algumas óbvias finalidades: que se passe o tempo de modo mais proveitoso e, essa mais forte, se consuma mais. Dentre as mercadorias, cito: chocolate, chocolate, revista de viagens, chocolate, revista Veja, papai Noel de chocolate, revista de fofocas, chocolate e... a surpreendente capacidade de prever novelas das 'revistas tico-tico no fubá', além de , claro, mais chocolate. Revistas tico-tico falam sobre como perder
O fato é que fiquei sem palavras com essa “manchete”. Como assim? Como? Por que? Caramba, preciso me pronunciar! Não assisto a novela porque me cansa infinitamente pensar em nomes e arrumar motivos pra tudo. Os diálogos são falíveis e a lógica é totalmente ilógica. O que deveras impressiona é que, mesmo sem acompanhar a novela, sei que Helena Morais teve um acidente, ficou paraplégica e culpou Helena Araújo por isso. O detalhe é que NÃO FAZ O MENOR SENTIDO Helena Araújo ser culpada. Foi acaso do acaso e a coitada não colocou o pé propositalmente para a outra cair e quebrar o pescoço. O que sei é que foi um acidente de ônibus e tals. Helena Araújo até bofete já levou por conta do destino da Morais. Destino agora tem culpado!
Sei de tudo isso vendo a TV sem me ater a absolutamente nada. Difícil? Naaaaaaaaaada. Facílimo. Se a pessoa assistir o jornal da noite, obrigatoriamente saberá da novela, passa tudo no intervalo. Aff.
Repetindo: Destino agora tem culpado????? Foi o que o autor decidiu.
Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, sapientemente, o autor- Manoel Helena Carlos- achou que destino também tem desculpado e arrumou um pivete, gerado pela culpada do destino alheio, para desculpá-la. Confuso? Pra mim também. Mas, vem cá, perdão precisa de um motivo maior? É isso agora? Para tetraplegia: doe células tronco e tudo fica “na boa”. Pelo que me lembro, perdão é algo que se dá sem motivo aparente. Perdoa-se quando se sente pronto para tal. Perdoa-se por perdoar. Perdoa-se por ser humano e nobre. Perdão não é amigo-secreto. Não se vende, não se compra, não se acha na esquina, não se troca numa pizzaria... Perdão se pede e se dá. De graça! Sem motivo maior ou gigantesco, como é o caso.
Mas se decidirmos mudar o parâmetros, avisem-me antes. Por favor, avisem. Hollywood está perdendo feio para terras tupiniquins e o México que cuide de suas 'noveliscas'.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
"Alzira ô, Alzira ô"
sábado, 28 de novembro de 2009
Open...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Outro dia
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
"Porque exactos son los números"
Aniversário de irmão autor do Resumão( mais desejado que presente).
Irmão que faz falta, muita falta
Um irmão que já foi O melhor amigo
Irmão de bons conselhos
Irmão de abraços
Irmão de "E aí menina?"
Assim sem muitos medos
Uma coragem que pôde me dar coragem
Ponto de vista diferente
Um: "Deixa pra lá e vê no que dá"
Outro: "Encare de frente! Tem medo de que?"
Preguiça do mundo misturada com "Vamos lá!"
Leveza sem sutileza
Sobriedade e embreaguês
Uma raridade
Um irmão que ainda é O melhor amigo
Te amo Ti e isso não é novidade e jamais será!
Parabéns.
RESUMÃO:
hehehehehe, esse não tem resumo não. Foi pra mim e eu quero que todo mundo leia, hehehehehe.
Brigado irmã. É mais do que especial receber um post tão bonito dedicado a mim, te amo também, e hoje ainda vamos nos ver para tomar todas até o dia raiar, porque a preparação fisica e moral para o aniversário dos trigêmeos começa hoje.
Inté mais tarde.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não"
Aniversário de Ticita. Nos reunimos todas para poder beber barato, jogar conversa fora, rir a toa e comer docinhos.
Que você seja feliz querida. Não por bondade ou providência divida, por merecimento mesmo.
;)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Curiosidade felina
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Para hermano
Roubei a imagem para homenagear o Gordo com sua mais nova paixão! E eu que dei o presentinho para ele poder entrar no hall da fama!
;)
Lendas do Rock:
Beijo gordinho! Saudade!!!
domingo, 8 de novembro de 2009
Química
domingo, 1 de novembro de 2009
"Como uma onda..."
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Tô torcendo
terça-feira, 27 de outubro de 2009
"Caminhando contra o vento"
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Fresca
Após um casamento de quatro anos, Areovaldo ousou chama-la fresca.
Quatro anos é pouco para um casamento, pouco pouco, muito pouco. Pouco para tanto desconhecimento de respeito e educação da parte de Areovaldo. Tudo bem que Florinda não era uma mulher desprendida de qualquer coisa material. Nem de perto lembrava a amiga Amelia, a que não tinha a menor vaidade, mas definitivamente não era uma perua. Tinha seus cuidados, possuia sua delicadeza e assim o era com outrem, parecia uma flor em sugestão ao próprio nome. Às grosserias do marido respondia com bom humor pois não eram tão frequentes e pelo amor que cultivara no início de tudo... Ah o início, tão decisivo para as mulheres.
Mas eis que da flor fez-se espinho e em igual tom respondeu ao marido tão soberbo de sua certeza:
-Como pode achar ruim sentar-se nesse banco de madeira Florinda?!!!
-Mas Areovaldo, meu vestido é branco, branco! Nem OMO lava tão branco! N-o-v-i-n-h-o! Choveu, o banco está meio molhado, vai manchar o vestido...
-Fresca. Mas você é muito fresca mesmo!
O fato apenas da afirmação, poderia até ter sido levado com mais uma pitada de humor, mas o olhar dele sobre ela, isso doeu. Respirou fundo, sentiu a raiva subir à cabeça e o sangue pulsar fortemente. Olhou com delicadeza para o marido, pensou na sorte de não ter filhos e :
-Querido, acha-me realmente fresca? Acha que tenho o frescor das manhãs como uma dessas poesias bregas que você gosta?
-Que?
-Deixe-me explicar querido. Nesses quatro anos de convivência, surpreende-me sua ignorância. Sua esposa em definitivo é fresca, ou sequer chega perto de sê-lo. Saiu de casa aos vinte anos para trabalhar em outra cidade, tudo bem que aos vinte anos eu não era nenhuma adolescente, mas também não era uma adulta completa. Dividiu apartamento com todo tipo de gente, enfrentou o duro dia a dia sem pedir um centavo aos pais apesar da insistência dos mesmos. Sentiu uma saudade imensa de casa e teve medo do escuro. Chorou no canto da casa um mimimi sem fim. Quis retornar e não poder. Levou a sério as dificuldades de seguir adiante. Morou em lugares ermos para conseguir um mínimo de economia. Esteve só no mundo por longos e demorados dias. Descobriu que a solidão não é tão ruim quanto parece. Foi acolhida por completos estranhos. Repetiu para si mesma que a vida iria melhorar. Recebeu uma promoção, mudou de lar, sentiu-se amada e amou. Prezou por fazer boas escolhas e descobriu que você meu querido, você meu lindo, você, foi uma escolha muito mal feita. Isso, sobremaneira é ser fresca Areovaldo. Agora o meu vestido, esse não será manchado porque você o quer e está a fim de assistir o jogo de futebol da Barroquinha do seu primo!
-Mas...
-Sem "mas" Areovaldo Silva. Sem "mas"! Fale com meu advogado. Vou voltar para casa.
-Malditas TPMs.
Só que dessa vez foi sério. Florinda voltou pra casa sozinha, ligou para Ricardo e teve uma bela tarde de domingo.
RESUMÃO:
Relata a falta de bons modos que as mulheres tem com seus maridos atualmente. Nesta estória a Florinda - uma mulher fresca e enjoada - não deixa o marido fraternizar com seus amigos na barraquinha do seu primo enquanto assiste a um clássico na televisão. Revoltada vai para casa, e fica de namorico com outro sujeito.
Concluindo, a mulher perdeu os bons modos, não respeita mas seu homem, e estão dominando os andares mais altos dos trade center. "- Homens, vamos à cozinha prosear".
ps.: escrevo em letras pequenas para evitar represálias.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
"Amanhã de manhã, vou pedir um café..."
Perceberam que possuo deficits no lar
Rapidamente compraram uma cafeteira...
Dentre todos os deficits, acharam este o mais imediato!
Tão bom acordar pela manhã e tomar um cafezinho de verdade
Agora só faltam: liquidificador, máquina de lavar roupas, mesa, microondas...
Entrarão para a listagem
Não é falta de dinheiro... é preguiça mesmo!
Beijo amigos.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
"Isso aqui oô é um pouquinho de Brasil iaiá"
-Dia
-E aí Lully, vamos encarar essa praia no sábado? Cedinho. Te pego em casa e aí...
-Tudo como dantes no farol de Abrantes
-Hã? De que você tá falando Lully? Que Abrantes Lully? Tá maluco é?
-O curupita tá que nem petica
-Hã? De quem?
-Sabia que Aladim não fazia parte dos quarenta ladrões?
-Claro que não brother. Quem fazia parte dos ladrões era...
-Minas do rei Salomão???
-Não! Que confusão é essa? Olha só, você bebeu muito nesse final de semana foi?
-Qui
-Tá tomando algum remédio aí?
-Quero mandar um salve... um salve pra Adonay que anda reclamando dos textos em voga, um salve pro feriado que choveu até alagar a cidade e eu estava na praia, um salve pro Zina do Pânico na TV, um salve pra Obama que ganhou o Nobel da Paz, um salve pra Lars Von Trier que me tirou o sono essa semana com o novo filme, um salve...
-...
-Já vai? ahhhhhhh... "Ai que preguiça".
Lully era assim, se não estava a fim de falar, não falava ou: criava logo seu diálogo inconclusivo. Havia também os diálogos inconclusivos por querer falar demais. Começava a contar uma história, já emendava em outro causo, no meio de toda explicação, já não sabia mais do que se tratava e levava assim mesmo até pegar novamente o "fio da meada" ou se encontrar em outra meada qualquer.
No caso em questão, era preguiça mesmo, ultimamente andava numa preguiça imensa. Preguiça de discutir, de sair, de ficar em casa, de dormir, de levantar pela manhã... O típico Macunaíma: " ai que preguiça". Esperava um dia virar rei também. Quem sabe. Um rei da Semana de Arte Moderna! De sonhar não possuia preguiça.
Em prol da humanidade, falava. Em prol de si mesmo, divagava.
Mário de Andrade que se cuide. Sem pontos, vírgulas ou coerência, Lullisky está solto no mundo.
E assim caminha a humanidade...
Beijos.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
"Eu vou te dar Alegria"
terça-feira, 6 de outubro de 2009
" E é praieira, segura bem forte na mão"
domingo, 4 de outubro de 2009
"Que essa vida é uma beleza"
Final de semana de encontros
Encontros com família que escolhi para ser minha, só minha
Família de amigos
Cerveja gelada
Discutir sobre música
Receber elogios e elogiar
Marcar praia
Rir até doer a barriga
Ouvir e ser ouvido
Sem reclamar nadinha
Porque: essa vida é uma beleza!!!!
Amo tanto, amo todos!
E mesmo a trilha sonora para exemplificar o final de semana sendo incompatível com o gosto de alguns familiares, deixo o sambinha de Diogo Nogueira. Porque é mesmo o que combina!
Cai no Samba
Autor: Ciraninho
Intérprete: Diogo Nogueira
Mete a mão no cavaco
Sacode o pagode que já tá lotado
Toca um partido alto maneiro
Que agora o terreiro ficou animado
E lá vem a gatinha cantando,
O moleque dizendo no pé
Olha a rapaziada chegando, já é
Olha a cerva gelada na mesa
Olha nego pegando o refrão
Mete a mão no cavaco
Que a galera marca na palma da mão
Ôba, ôba, ôba, lele ô
Ôba, ôba, ôba, lele ô
Mete um bico na tristeza
Manda embora o desamor
Que essa vida é uma beleza,
E cai no samba com ioiô
Esse samba é nó na madeira
Nesse samba não tem zé mané
Vem chegando o diogo nogueira,
Já é!
Esse samba é a nossa batucada
Tá nas grades do meu coração
No compasso do amor
Vem cantando com o Xande do revelação
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
" Não sei porque ouvir conselhos seus..."
terça-feira, 29 de setembro de 2009
" Que você me adora..."
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
"Salve salve simpatia"
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
"Cachos"
Acordei tarde
Resumão:
Hoje não tem resumão, venho aqui para protestar: Protesto em nome de meu irmão e de meus pais.
Seus textos estão muito pequenos, o que vem inviabilizando a minha idônea participação. Tomo esta atitude como inicio de uma tentativa de golpe. Para começar a minha argumentação venho lembra-la que eu fui a primeira pessoa a estimular você a passar as coisinhas da cabeça para a coisinha da internet, e agora sinto que estou sendo escanteado. Aceito suas reclamações pelas minhas ausências, mas é assim que um gênio trabalha.
Atualmente desempenho mais atividades do que as 24h do dia me permitem realizar, e acredito que nem Jack Bauer conseguiria fazer tudo que eu faço (com a participação especial do Macgyver, talvez ele consiga). Mestrado, concursos, trabalho, namorada, cachorros, gatos, cágados, trocar água do filtro, almoçar, escovar os dentes, dormir d(-.-)b, chorar, sorrir, comer mais um pouquinho, fazer regime (blerg!), resumão, e outras coisinhas mais, são exemplos de minhas atividades. Por tanto solicito textos mais extensos a fim de garantir a minha contribuição neste espaço. Caso resolva frustrar esta tentativa leviana de golpe autoral, levarei esta petição a os mais altos escalões da politica nacional e quiçá da justiça brasileira. Grato pela vossa atenção, Adonay (vulgo: José Tiago de A. Rolim).
Resumão do Resumão:
Magoei!
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Espalhe!!!
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
"Leve, toda cortiça"
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
" Pro outro lado de lá"
Desejo um: internet. Dois: permanecer viva depois de tantas aventuras. Três: ter direito a mais três desejos.
Desejo um a se cumprir…
São vinte dias de viagem até a presente data, vivências distintas e tudo necessita ser explicitado.
Primeira parada: Pará.
A chegada em Belém foi amistosa, pessoas gentis, comidas que anestesiam a língua e túneis de mangueiras. A cidade é coberta por mangueiras e, como toda boa mangueira, ou se faz bons sambas ou se tem mangas por todos os lados. Chove todos os dias, mangas e água. A água refresca, sempre. Mangas matam a fome, quebram parabrisas, causam concursões cerebrais e, mesmo assim, são bem vindas, muito. Foram parar lá por idéia de um governante euxasto em tanto calor. Funcionou para o aquecimento e a beleza da cidade.
Belém oferece boa educação, contato com a natureza sem adentrar o território do Plasmodium, Teatro da Paz, garças por todos os lados, jambu, tacacá, açaí, Jardim Botânico com um quateirão imenso de floresta, tucupi, barcos, museus, shows de brega com holofotes de longo alcance, Docas com cerveja de fabricação própria, praia do Mosqueiro com um mar de água doce e ondas onde se pode praticar kitesurf, Ilha de Marajó…
Marajó merece uma descrição mais apurada. A Ilha está no delta do Amazonas, três horas de navio de Belém a Marajó, encontro do rio com o mar, natureza intocada, búfalos selvagens que salvaram-se após o naufrágio de um navio colonizador há tempos atrás. Água com cara de mar, verdinha, verdinha; gosto de rio, doce, doce. Pousada de frente para as falésias, papo furado com os ilhéus, bar de seu Japão.
Exemplo de conversa entre o pai da donzela e o dono do bar:
- Mas por que o senhor se chama Japão?
- Num sei viu. Dizem por aí que tenho cara de japonês, mas eu sou é paraense mesmo.
- É, tu não tem cara de japonês não…
- E quem tem então? O senhor???
Descrição do pai da donzela: loiro, olhos verdes e barba branca. Deduz-se que seu Japão está definitivamente convencido de sua semelhança com um japonês, o único da ilha. Entretanto, seu Japão fornece o mais fresco peixe já comido nesse ano corrente e uma conversa mole divertidíssima.
Segunda parada: Amazonas.
Manaus é extremamente, mas extremamente, ao extremo, quente. Ferve, 41 graus fácil.
Manaus oferece o Teatro Amazonas e uma das mais perfeitas acústicas do mundo há mais de um século. Oferece banho com botos cor de rosa( sem gestações desavisadas), passeios pelos igarapés, tucumã que serve como sanduíche salgado ou sorvete doce, pirarucu( o bacalhau amazônico), contato com índios, tucunaré, pescaria com piranhas, Rio Negro e águas mornas, subaúma e sua raiz gigantesca, preguiças, jacarés, macacos, cotias, juriti, Rio Solimões e suas águas gélidas, histórias dos seringais, buriti, breu branco e um aroma inconfundível, gigantescas Vitórias Régias, lendas e mais lendas e uma população com visível descedência indígena.
Mas Manaus oferece mais, oferece um toque de consciência da natureza ainda não percebida, uma noção de miséria inigualável e uma certeza de que, do modo como está, nada mais se sustenta. Manaus trouxe à donzela o medo do fim.
Segundo pedido, já atendido. A donzela que vos escreve continua viva e saudável.
Terceiro pedido…
-Posso trocar seu Gênio? Posso pedir que tudo não se acabe tão cedo??? Deixar a floresta inteirinha? Então peço!
Beijo meus amigos.
Volto breve.
sábado, 22 de agosto de 2009
"Só eu só no meu pavio"
Pesquisa mostrou Salvador despontando como a capital dos solteiros. Não é nova a pesquisa, tão pouco a desconhecia. O caso é que decidiu-se filosofar a respeito a pedido de um amigo.
Mas como? Por que?
Salvador é o centro do mundo? Lá todos trabalham extensivamente e não se permite comulgar a vida com outrem? A noite de Salvador é imperdível e não sobra espaço para se cogitar sair das férias eternas? Não há jovens na cidade e são todos de meia idade viúvos? Os trios carnavalescos circulantes durante todo ano dividem a rua em esquerda: meninas, à direita: meninos... nunca se encontram?
Que nada! Nada disso é verídico!
Vejamos, São Paulo tem um potencial de divertimento infinitas vezes maior do que o de Salvador. A vida é corrida, tempo é dinheiro, bla bla bla. Ummmmmm... lá não é a capital da solteirice!
Minas possui as pessoas mais belas do Brasil, teoricamente, teoricamente. E lá também não é a capital?
Rio de Janeiro, com o ideal de corpos perfeitos, ardentes na praia, glamour, Cristo Redentor de braços abertos sempre. Não, não é lá. Mesmo com a benção do Senhor.
Nem é Manaus, onde parece ser bem mais difícil encontrar-se pessoas? Não, não.
A solidão está em Salvador. A busca e fuga e busca e fuga e busca... em Salvador. E compartilho das eternas queixas entre amigas e amigos. Todos se queixam. Mas no carnaval, ou em sua proximidade é comum ouvir:
- Tem fulano, tá ligando... mas vem o carnaval aí... sabe como é né?
- Não, não sei.
Nem tudo fica subentendido. Por acaso é carnaval por todo ano? Qual a graça tamanha do carnaval? A música é tão boa assim? O mundo se acaba depois do carnaval? E mesmo que acabasse, por que não dar uma chance a fulano, cicrana, beltranos já que o mundo vai acabar? Definitivamente não sei como é. Inconsciente coletivo... inconsciente não pode, nem deve, JAMAIS ordenar o consciente. Os sentidos, sim, o fazem, incluindo o sexto. Mas o insconsciente coletivo leva diretamente a uma burricigenação deselegante e pouco cortêz.
Seguindo a regra do inconsciente: Solteiros se divertem, Comprometidos engordam em casa com filminho de locadora, como sugerido pelo blog em questão.
Se há um inconsciente coletivo dignificando os comprometidos à eterna clausura, há uma total coerência em correr do comprometimento. Aí sim baby, não há quem queira. Quem sabe os anciões a desejem por terem as forças fadigadas após tanta diversão descompromissada.
Mas peraê! Nunca foi assim!!! Não há porque sê-lo. Nem faz muito sentido
Não se acorrenta ninguém hoje em dia, não se casa e assim permanece eternamente, não se chama bobagem apaixonar-se, não há porque angustiar-se. Sejamos felizes e é só. Apenas isso. A vida é curta, curtíssima. Simbora moçada.
Beijos.
Maria.
Excesso exceto
Lenine/ Arnaldo antunes
O que se abre aberto
Se aproxima perto
Pra esvaziar o já deserto
Desorienta o incerto
Ruma sem trajeto
Nunca existiu mas eu deleto
Querer sem objeto
Voz sem alfabeto
Enchendo um corpo já repleto
O excesso, o exceto
O etcétera e todo resto
Do chão ao céu, da boca ao reto
Eu só eu
No meu vazio
Se não morreu
Nem existiu
Só eu só
No meu pavio
Futuro pó
Que me pariu
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
" Não se vá "
Semana passada, uma transeunte me deu um livro. Um livreto na verdade. Um livro religioso ou algo, provavelmente religioso. Na capa vinha escrito "Quando perdemos alguém que amamos".
Não me detive em o ler. Até levantei a hipótese, mas não o fiz. Juntou-se às dezenas de papeis recebido diariamente e às centenas de cogitações em conhecer mais e mais. Entretanto o título ficou. E a promessa de escrever a respeito também. Cumprindo então, deixo-o aqui:
"Quando perdemos alguém que amamos"
A vida é isso mesmo, um vai e vem de pessoas, frases, amores, amigos, irmãos, animais de estimação e de você consigo mesmo.
Parte-se por ir trabalhar em outro Estado, parte-se por terminar um namoro, parte-se por uma briguinha besta, parte-se porque perdeu o número do celular, parte-se por medo, parte-se por coragem, parte-se pela morte. Uma hora ou outra, alguém que se ama, ou mesmo você, vai. E fica uma saudade. Uma coisa boa ou um ranço pequeno. Mas a saudade fica, sempre.
Quando alguém que se ama te deixa, com o passar, some um pouco a lembrança constitucional e dá-se início ao resgate memorável.
- Como ele era mesmo?
Junta-se os pedaços...
- ah, é mesmo, ele tinha uma barba mal feita branca
- Lembra a careta que fazia quando dançávamos macarena?
- Os olhos verdes... um sorriso largo...
- E que não gostava de sushi! Lembra??? Dizia que não comia nada semi-vivo!
- Pois é, ele faz falta
- Sim, faz.
Suspira-se.
E lá vem o pesar, o choramingar uma partida que não pôde ser adiada, um adeus, um "só Deus".
Mas quando alguém vai, só se pode lamentar. Só. Aguardar um luto. Todo esse sofrer do amor que se foi, passará. Se não passar, ameniza-se. Como o tempo é o senhor da razão, senta, espera, isso vai passar.
Para os que perderam recentemente.
Um beijo.
Maria.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Cats
Nem precisa me conhecer muito pra saber da verdadeira paixão que tenho pelos felinos. Uma preguiça sem fim, dormem o dia todo e à noite estão de saco cheio pra poder brincar necessitando dormir mais um tantinho.
Um eterno olhar de reprovação para você ser humano ignóbil. Uma fome exagerada pela ração com o gatinho cinza na capa e sabor " delícias da fazenda". Na minha casa, a pequenina Botinhas adora também comer mamão! E tem que ser Hawaí. É mesmo uma artista a pequena.
Em homenagem aos sapientes dominadores do meu mundo, posto imagens traduzidas em palavras made in capinaremos.
Beijos a todos.
Maria.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
"Pelo inferno e céu de todo dia"
O que se passa é que mulheres fofocam, e muito. A fofoca vem desgovernada. Fofocar não imperativiza " falar mal", apenas falar. Falar por falar, soltar idéias ao vento e ver se alguma serve para alguém que as ouça. Conselhos não se dão, opniões sim. Depois de certa idade, conselhos parecem bobagices. Opniões pontuais: "olha só, será?, mas, veja bem, então, pera lá, reveja reveja...", estas sim são bem vindas. Boas intenções, sempre, quando se trata de amigas. Boas piadas, imperdíveis e todas perdoáveis. Mas sem ofensas.
Domingo, domingo é sempre dia de boas falações. Aos que têm futebol às quartas, organizem-se, domingo é o dia! Atualiza a semana pra cá, recorda final de semana pra lá, indigna-se e vai assistir um bom filme no cinema. Quando não rola o cinema, comprinhas. Tudo desculpa para as benditas fofocas e boas risadas. Muito boas.
Numa dessas comprinhas:
- Ah cansei de Astrogildo!
- Mas por que?
- Ele não liga, atende quando quer, sai pra jogar futebol e nem avisa. Eu falo e ele nem ouve.
- É. Mas não seria bom vocês conversarem?
- Se ele não ouve? O que há para conversar?
- Meninaaaaaaa, olha só que blusa linda!
- É mesmo! Moça, quanto custa? Ah, vou provar.
- Pois é, mas veja aí o que você quer de Astrogildo amiga.
- Verei. A blusa ficou boa mesmo!!! Sim, mas e você com Godard?
- Tudo ótimo.
- Mas que bom!!! Fico feliz. Ele parece mesmo um cara legal.
- Ele é sim. Gosto dele. Me dá calma.
- Eu gosto da agitação, da confusão, da megalomania, agonia...
- Argth! Toma um prozac pra aliviar!
- Você pediu um amor tranquilo amiga, eu não.
- Ambas temos o que desejávamos.
- Moça, vou levar a blusa. Vermelha por favor.
- Uma pra mim, branca.
- Vamos tomar um vinho?
- Claro. Chamemos as outras.
Em meia hora, começa novamente a falação, dessa vez em cinco.
Oh delícia.
Duvido que o futebol seja mais prazeiroso.
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Ser teu pão, ser tua comida
E ser artista no nosso convívio
Jonathan Swift (1667-1745)
segunda-feira, 27 de julho de 2009
" Leituras para o Verão"
Eis a resposta:
"Leituras para o Verão
By José Saramago
Com os primeiros calores, já se sabe, é fatal como o destino, jornais e revistas, e uma vez por outra alguma televisão de gostos excêntricos, vêm perguntar ao autor destas linhas que livros recomendaria ele para ler no Verão. Tenho-me furtado sempre a responder, porquanto considero a leitura actividade suficientemente importante para dever ocupar-nos durante todo o ano, este em que estamos e todos os que vierem. Um dia, perante a insistência de um jornalista teimoso que não me largava a porta, resolvi ladear a questão de uma vez por todas, definindo o que então chamei a minha “família de espírito”, na qual, escusado será dizer, faria figura de último dos primos. Não foi uma simples lista de nomes, cada um deles levava a sua pequena justificação para que melhor se entendesse a escolha dos parentes. Incluí nos Cadernos de Lanzarote a imagem final da “árvore genealógica” que me tinha atrevido a esboçar e repito-a aqui para ilustração dos curiosos. Em primeiro lugar vinha Camões porque, como escrevi em O Ano da Morte de Ricardo Reis, todos os caminhos portugueses a ele vão dar. Seguiam-se depois o Padre António Vieira, porque a língua portuguesa nunca foi mais bela que quando a escreveu esse jesuíta, Cervantes, porque sem o autor do Quixote a Península Ibérica seria uma casa sem telhado, Montaigne, porque não precisou de Freud para saber quem era, Voltaire, porque perdeu as ilusões sobre a humanidade e sobreviveu ao desgosto, Raul Brandão, porque não é necessário ser um génio para escrever um livro genial, o Húmus, Fernando Pessoa, porque a porta por onde se chega a ele é a porta por onde se chega a Portugal (já tínhamos Camões, mas ainda nos faltava um Pessoa), Kafka, porque demonstrou que o homem é um coleóptero, Eça de Queiroz, porque ensinou a ironia aos portugueses, Jorge Luis Borges, porque inventou a literatura virtual, e, finalmente, Gogol, porque contemplou a vida humana e achou-a triste.
Que tal? Permitam-me agora os leitores uma sugestão. Organizem também a sua lista, definam a “família de espírito” literária a que mais se sentem ligados. Será uma boa ocupação para uma tarde na praia ou no campo. Ou em casa, se o dinheiro não deu para férias este ano.
This entry was posted on Julho 10, 2009 at 12:01 am "
Agora a bricadeira seria: - O que indicar para ler no verão brasileiro?
Vejamos no que dá...
Um beijo meu lindos.
Boa semana saramaguiana!
Resumão:
Texto longo pede um resumo curto: ela estava com preguiça e copiou o texto de Saramago, aquele velhinho que não enxerga mais direito e esquece de colocar pontos em todas as suas frases. Não vou resumir o texto do velhinho. Mas que leitura você indica para o verão: Livros de bolso como os malvados collection, garfield pocket e Hagar "O Horrivel"; e se você gosta de series talvez goste de Cascão e/ou Cebolinha (porque a mônica é um saco) - apenas.
ps.: meu texto está com a letra maior porque é mais importante aos preguiçosos
"Piriri pom pom, piriri pom pom..."
Se um dia, só se e só se, um dia eu casar... amigos, "Não é que eu vou fazer igual, eu vou fazer pior!!!"
Arrasaram!
Valeu pelo vídeo Ari.
terça-feira, 14 de julho de 2009
" Ronaldo!"
E ele a olhou com uma cara de piedade imensa!
Tentando 'apaziguar' o problema, proferiu:
-"Oh minha filha. Você é uma menina boa... vai aparecer alguém. Você vai ver só"
E alisou a cabeça da menina recém separada com uma mão pesada e pasarosa.
A resposta, óbvio, veio na lata:
-"Mas eu não quero alguém agora não Tio. Mas tô até gostando desse cafuné q vc tá fazendo em mim"
-" Ô Zé! Onde fica a cerveja??"
;)
Driiiiiiible e Gooooooooooooooooool
Rá!
segunda-feira, 13 de julho de 2009
"Prenez soin de vous"
Essa é a tradução da frase acima.
CUIDE-SE!
E quem é Sophie Calle? Artista plástica francesa, considerada o 'Duchamp' versão feminina.
-Ok Ok! Então concretizamos a hipótese acima! É isso?
"Há algum tempo, venho querendo responder seu último e-mail. Na verdade, preferia dizer o que tenho a dizer de viva voz. No entanto, vou fazê-lo por escrito.
Você já pôde notar que não estou bem ultimamente. É como se não me reconhecesse em minha própria existência. Sinto uma espécie de angústia terrível, contra a qual não consigo fazer grande coisa, exceto seguir adiante para tentar superá-la. Quando nos conhecemos, você impôs uma condição: não ser a 'quarta'. Eu mantive o meu compromisso: há meses deixei de ver as 'outras', não achando logicamente um meio de vê-las sem transformar você em uma delas.
Pensei que isso bastasse. Pensei que amar você e que o seu amor — o mais benéfico que jamais tive — seriam suficientes. Pensei que assim aquietaria a angústia que me faz sempre querer buscar novos horizontes e me impede de ser tranquilo ou simplesmente feliz e 'generoso'. Pensei que a escrita seria um remédio, que meu desassossego se dissolveria nela para encontrar você. Mas não. Estou pior ainda; não tenho condições nem sequer de lhe explicar o estado em que mergulhei. Então, nesta semana, comecei a procurar as 'outras'. Sei bem o que isso significa para mim e em que tipo de ciclo estou entrando. Nunca menti para você e não é agora que vou começar.
Houve uma outra regra que você impôs no início de nossa história: no dia em que deixássemos de ser amantes, seria inconcebível para você me ver novamente. Você sabe que essa imposição me parece desastrosa, injusta (já que você ainda vê B., R.,…) e compreensível (obviamente…). Com isso, jamais poderia me tornar seu amigo. Você pode, então, avaliar a importância de minha decisão, uma vez que estou disposto a me curvar diante de sua vontade, ainda que deixar de ver você e de falar com você, de apreender o seu olhar sobre os seres e a doçura com que você me trata sejam coisas das quais sentirei uma saudade infinita. Aconteça o que acontecer, saiba que nunca deixarei de amar você do modo que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá.
Mas hoje seria a pior das farsas manter uma situação que, você sabe tão bem quanto eu, se tornou irremediável, mesmo com todo o amor que sentimos um pelo outro. E é justamente esse amor que me obriga a ser honesto com você mais uma vez, como última prova do que houve entre nós e que permanecerá único.
Gostaria que as coisas tivessem tomado um rumo diferente.
Cuide-se."