terça-feira, 3 de março de 2009

Escolhas e falta de bom senso

As escolhas nem sempre são simples! Em verdade, reformulo a frase para: as escolhas quase nunca são simples. A depender do ponto de vista:
- Escolha meu filho: o arroz com feijão da mamãe ou a sobremesa de chocolate.
Há 10 anos atrás eu responderia facinho facinho:
- S-O-B-R-E-M-E-S-A-D-E-C-H-O-C-O-L-A-T-E!!!!!!!!

Hoje em dia teríamos duas opções:
- Arroz com feijão da mamãe!
ou:
- Pode ser os dois não?

Saudade de casa...

Mas os dois não pode. São escolhas, deixa-se um e pega-se o outro.
O 'Gordo' escolheu Cirurgia Plástica no RJ. Troca-se o lar doce lar pela satisfação profissional. Troca-se o aconchego pelo lamento de dividir um quarto com mais dois mancebos tão bagunceiros quanto o próprio. Troca-se o almocinho de domingo com painho e mainha pelo PF do hospital. Troca-se o hoje pelo amanhã. As agruras de hoje pelo conforto de amanhã.O importante é não perder o foco.- Meu foco é isso!Decidiu tá decidido, com alguns rompantes de mudanças de plano. Porque plano que é plano merece mudanças! Plano A, Plano B e saída pela direita!
E eis que me lembro da infância em São Paulo... ai ai as lembranças... Tenha medo do que pode ser lembrado do passado infantil de alguém.

Enquanto criança, nos é permitido tudo, todas as escolhas possíveis. Se não der certo, chora-se, abre o berreiro e em 15 minutos vem a sensação de que: "Pronto! Passou! Foi tio Astolfo num foi. Passou, passou"
E aí está a lembrança:
" ...de leste a oeste, de norte a sul, a onda é a dança da galinha azul!"
Visualizem: estavamos os três lindos, meigos e gorduchos irmãos aguardando os pais fazerem singelas compras no supermercado. Aguardando é modo de dizer, sempre fomos uns capetas, ninguém parava quieto. Várias aventuras se desenrolavam enquanto inocentes pais realizavam compras mensais. Pegávamos todas as degustações de supermecados possíveis, era maravilhoso quando tinha sorvete pra degustar. Até café tomávamos, só de gula mesmo, era uma careta atrás da outra. Urgth! Mas a gula prevalecia sobre todo e qualquer sentido. Tinha a parte da loja de roupas, caminhos sem fim, corredores enormes, diversão pura.
Na parte da degustação encontramos a " Super promoção galinha premiada Maggi". Não me pergunte qual marqueteiro inventou o brilhante e dúbio nome, mas... o nome era esse mesmo.
A super promoção era a seguinte( agora vem a pior estratégia de marketing já lançada no mundo, quiçá no universo): A criança forçava os pais a comprarem caldos Maggi e tinha direito a puxar o rabo da galinha gigante que estava montada no meio do supermercado. A dita cuja colocaria um ovo!( ohhhhhhhhh! Mas que instrutivo! imaginem agora se nós, as próprias pestes em pele de cordeiro, tivéssemos galinhas em casa!!!! A repercussão!!!!!!!! Não, nem imaginem.)

Seguindo... se o ovo fosse azul, ganhava-se: uma toalha de mesa com a galinha desenhada nela( que bom gosto! fino trato!)
Se o ovo fosse branco, ganhava-se: uma miniatura de galinha que bota ovos de plástico AZUIS!!!( isso é pra lembrar a criança da frustração de não ter sido escolhida para o ovo sorteado???)
Nos dois casos, se é obrigado a dançar como uma galinha o jingle acima citado.
Pois é, eu e Adonay ganhamos a galinha frustrante; o Gordo, a toalha. Os três dançamos o jingle( o Gordo com mais empolgação). E nem achamos assim tão ridículo...
Como meus pais permitiram isso?!
Escolhas e falta de bom senso.
Resumão:
O papo aqui é reto, morô mano? Ela revelou nosso relacionamentocom a galinha maggi. Contou tudo, e ainda inventou um tal de tio Astolfo para levar a culpa de tudo.
" ...de leste a oeste, de norte a sul, a onda é a dança da galinha azul!" isso ainda me causa arrepios.
por Adonay.

Um comentário:

Milena Matias disse...

Não são mesmo simples e que bom que podemos fazê-las, apesar de.
Beijo