sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ilusión

Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi

Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella
no supe que hacer
y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz

É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver
Por ella no supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque no me dejo
Tratar de ser la feliz

Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue






Algumas vezes acontece... bem assim. Saiba bem o que fazer se acontecer novamente.
Beijos.

Resumão:
Pelo visto ela comprou o dicionário de rimas e continuo brincando com ele. Meu Deus, quantos poetas mais haverão de ser maculados pelos experimentos linguisticos dessa pessoa?

por Adonay.

Resposta ao Resumão
O poema não é meu não. Irmãozinho, o livro de rimas... deixo-o para quem precisar. Poesia não é o meu forte e você sabe bem disso. rsrsrsrsrsrsrsrrsrs
Beijos. Maria.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

"Ê eô eô!..."


Deu início oficialmente o carnaval de Salvador! Eis que me aparece um terçol( t-sol, três sois, tres chic) ou hordéolo gigante no meu olho direito!
Pareço mais um panda!
Quantos Pandas caolhos existirão em Salvador no carnaval?
Only God knows!
Bye babys! Aproveitem com responsabilidade.

Resumão:
Carnaval em Salvador: beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, beijo, (mais 1000x),beijo.
Boqueira, ipinge, foliculite e mal chagas, a gente cura depois.

por Adonay.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Tutz



Tutz tutz tutz... a boate está cheia, casa lotada, não cabe mais ninguém.
Entre menininhos que fumam no final de semana e menininhas maquiadas com escova no cabelo, tudo pode acontecer.
Paga-se, identidade a mostra, entra-se( nessa ordem).
Tutz tutz tutz... as pessoas nem tentam conversar, é ato vão. O som é tão alto, tão alto que mesmo que alguém berre com todo o ar dos seus pulmões, mesmo assim, ninguém ouvirá.
As luzes piscam, dançam, ocilam com a música, cores, várias.
Tutz tutz tutz... lá estão os dois.
Ela, já meio tonta da marguerita que fez careta nas duas vezes que bebeu, tenta dançar com as luzes, o som e as amigas. Levanta os braços para alçar vôo, mas não voa. Até que olha para o lado... sem querer, está mesmo mais preocupada com a tontura e a leveza nos pés... Lá está ele.
Ele, cansado de tanto cigarro, de saco cheio da música, detesta som alto e bebida cara, foi à festa porque um amigo insistira. Não consegue nem conversar. Melhor mesmo seria um bar para jogar conversa fora e torrar o dinheiro dessa entrada com cerveja. Ele: óculos, cabelo cacheado, barba por fazer e mau humor. Foi reclamar com o amigo, olhou pro lado... lá estava ela já desviando o olhar.
Tutz tutz tutz... agora começa: olha daqui, olha de lá. Ela abaixa os olhos e volta a olhar, faz bico, fala no ouvido da amiga, ri meio desconcertada, levanta os braços. Ele olha firme, sai um pouco para pegar mais uma cerveja, faz um charme. Volta, olha, arrisca um passo naquela música infernal.
-Que bar que nada! Aqui é o lugar!
Gostou da menina visivelmente alterada e de dança anacrônica. Pausa para a descrição de anacrônico: " Que contém elementos estranhos ao contexto temporal no qual está inserido". Que dança era aquela? Mas ela era charmosa, a menina sabia sorrir.
Tutz tutz tutz... Ela não sabe se dança, se olha, se chega mais perto ou se vai ao banheiro. Fica, sai! Sai rápido! Está tão enjoada de tanto girar que tem medo de desprezar, para usar uma palavra mais suave, as margueritas. Volta, olha novamente, sente um frio na barriga, não sabe ao certo se pela bebida ou se pelo olhar. Irrita-se com a lentidão do rapaz. Vira de costas, desiste, insiste. Controla os hormônios. Decide que sim, muda de idéia.
-Ele nem me viu, pensa.
Tutz, tutz, tutz... Ele aprecia a garota. Olha firme, conversa com o amigo, passou uma loira, olhou também, decidiu que sim.
-A cerveja tá quente, pensa.
E assim a noite vai. Mais Margueritas, mais cervejas quentes, dança pra lá cabeça pra cá. Ficou tarde, a boate quase vazia. Cada qual paga sua conta.
Ela nem voou e ele nem falou de futebol.
Nem todas as noites são iguais.
" Queriam o que?"

Resumão:
Ela saiu para curtir a night, ficou bebada e investiu seu charme na conquista de um zé ruela. resultado final da partida 0 x 0.

Resposta ao resumão:

Só venho acrescentar que não é um texto auto-biográfico! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Beijos. Maria.



antes tarde do que nunca.

por Adonay.

Preste as devidas satisfações!

E agora seu CACHORRO?!
rsrs
Divirtam-se.



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Film


The Hours - Ali in the jungle from et su on Vimeo.


How quick are you gonna get up?
Pergunte-se baby, questione-se e não fique para trás.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Obladi Oblada



Perguntas frequentes:
1. Quem inventou que o português precisa de regras gramaticais novas a cada cinco anos? ( Em particular, simpatizava muito com o trema e o hífen)
2. Defendendo os meu cachos: Quando as escovas passaram a pensar, se tornaram inteligentes e as pessoas 'desinteligentes' ?
3. Seguindo a lógica ilógica do acompanhamento dos padrões cromáticos: Que diabos de cor é Fúcsia? Magenta? As derivações enlouquecedoras do AZUL: azul turquesa, azul celeste, azul anil, azul noturno... e agora ele, o estonteante: azul bic ?! BIC !!! Mas bic era caneta esferográfica até outro dia!
4. Na mesma linha: Quem é Lombardi? Qual é a música maestro?
5. Quem, quem ,quem escolhe as palavras para os anúncios dos programas da Globo?( tem coisas como: ' uma turma do barulho!' ou 'essa galerinha' ou 'aprontar todas!') aff.
6. Quem colocou o punhal dentro do Fofão? Alguém já achou esse punhal?
7. O rei está nu?
8. Por que o alarme dos carros tocam sempre de madrugada e são os próprios donos quem os ativam?
9. Os taxistas e motoristas de ônibus possuem realmente carteira de habilitação? Ou seria porte de arma?
10. Quando um músico MARAVILHOSO como Lenine esquece a letra da própria música? Essa eu respondo: na Cocha Acústica de Salvador! E o show ficou ainda melhor!


Resumão:

Confusão geral na cabeça da autora. Faz várias perguntas e não responde nada.



by Adonay

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão"











Assistir televisão atualmente é uma roleta russa, sobretudo os noticiários. Estava eu, lépida e fagueira assistindo meu jornalzinho atualizador( nem tanto) da noite e me deparando com notícias cada vez mais absurdas.
Imagine que isso não é ficção: " Turistas alemães trocam de roupa no saguão do aeroporto de Salvador". Quem flagrou a cena foi um pernambucano que estava para embarcar.
Agora vem a criatividade das desculpas: Os turistas justificaram dizendo que não encontraram os banheiros e que, pelo comportamento nas praias da cidade, pensaram que tal ato pudesse ser encarado com naturalidade( !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! milhares de !!!!!!!!!!!!!!!!!!!). Não embarcaram para a Alemanha pois foram detidos e no dia seguinte foram pegar uma praia. Na boa? Sim, na boa. Sunguinhas coloridas, corpos branquelos e o sol tostando em terras soteropolitanas.
Como assim?
Mentalizem os diálogos:
- Klaus, minha roupa estar muito suja!
- É verdade Jörn, a minha também estar. Não consigo lembrar quando foi minha última banho. Você lembra Dieter?
- A minha última banho foi ontem antes da praia Klaus. Mas você tomar banho semana passada. Faz pouca tempo já. Jörn tomar banho há cinca dias, mas teve o episódia da 'dança da manivela' que acreditar piorar um pouca o situação da roupa dele, hã.
- É, tem razão Dieter. Vamos procurar uma banheiro para tomar banha? ou pelo menos trocar os roupas.
- Tem uma imagem de bonequinha azul ali, mas não tenho certeza se é banheira Klaus. O que você achar Jörn?
- Não, não é banheira non. Aquele bonequinha deve ser decorativa, tem um monte espalhada pelo aeroporto. Achar que non tem banheira aqui non.
- ummmmmmmmmmmmm
- Tive uma idéia! Vamas trocar os roupas aqui na cantinho! Eles non von dar importância. Na praia eles dançar "mão na cabeça e rala"... non vejo motiva para non poder trocar de roupa aqui.
E lá se foram os três anciões do Reich inocentemente trocar a roupa e ficar de cuequinha no saguão do "Luis Eduardo Magalhães".
Quanta inocência!!!!

Ou o diálogo seria( dessa vez sem tentar imitar os alemães falando português):

- Está quente aqui Klaus!
- Jörn, tem razão. Muito quente.
- Tive uma idéia! Vamos nos refrescar tirando a roupa!
- Boa idéia Dieter. Onde tem uma banheiro aqui?
- Ah, que banheiro que nada. Mania de ser certinho! Vamos radicalizar no auge dos nossos sessenta anos! Bora tirar a roupa aqui mesmo! uhu!
-Será mesmo uma boa idéia? Não podemos ser presos?
- Você já viu alguém ser preso no Brasil? E nas praias, eles dançam daquele jeito todo sensual... aqui tá tudo liberado!
- Pode ser...
- Qualquer coisa, a gente diz que tem Alzheimer.
- É, então vamos!

Agora sim o diálogo parece mais compatível com a história real.
E parafraseando Octávio Mangabeira: " pense num absurdo, ele já aconteceu na Bahia"
E que venha o carnaval!

Resumão (atrasado)

Klaus, Jörn e Dieter adiantam a sapucai no saguão do aeroporto Dois de Julho. e conversam em português falado em alemão. Confuso? então leia o texto na íntegra. Me recuso a substituir o dialogo deles.

ps.: onde você fez esse curso de Português Alemãozado?

by Adonay

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Soy Poeta
















Aproveitando a inspiração do dia: posto! Pôsto que esteja, posto!
Estava em uma livraria outro dia, a passeio, a trabalho, por obrigação e diversão, quando deparei-me com o livro ao lado.
Pensei imediatamente: que loucura! Temos um dicionário de rimas! D-I-C-I-O-N-Á-R-I-O de R-I-M-A-S!!!! Li e reli a capa, o prólogo e tentei entender o motivo de tal literatura.
Aos que me conhecem, sabem as idéias que vieram com um tanto de indignação...
Imaginei Castro Alves consultando o livro ao escrever 'Navio Negreiro':
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...'
No lugar de oceano poder-se-ia encaixar: alagoano, indiano( qual dos dous é o céu? qual o indiano?), cavalariano, cigano, mano, abano... para citar algumas das possibilidades do dicionário. Mas, graças a Deus, o dicionário não foi consultado.
E Vinícius:
'De manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo'
Caso o Poetinha possuísse dúvidas com a segunda rima, 'tardo' poderia tornar-se: leopardo, resguardo, retardo, bastardo.
Refazendo então o poema:
"De manhã escureço
de dia leopardo
de tarde anoiteço
de noite bastardo"
Pelas barbas do profeta!!!!
Agora qualquer um pode ser poeta!!!????
Jamais!
Dom não se vende, não se consulta, não tem no google( e olhe que quase tudo tem no google- O Oráculo). Nasce-se com ele.
E tenho dito!

RESUMÃO( por Adonay):

Ela encontrou um livro de rimas, brincou um pouco, fudeu a alma de Vinicius de Moraes e terminou com "Tenho dito".

Adonay.

Amor amor



Pediram-me para falar de amor. Em verdade, não foi bem assim. Foi um questionamento quase desafiador: " e qual amor não é lindo?"
A resposta não poderia ser simples, mesmo porquê a pergunta não o é.
Ora, ora, o amor. Algo que não deveria se consumir jamais, o amor que arde, algo não tecnológico e infinitamente atual, intocável e tão perto, o amor que constrói, destrói e reconstrói, que cai e levanta, derrota e vangloria, onipresente, uníssono em vários tons. O amor que vira samba-canção, música de Sex Pistols, forró, vira eletrônica, funk, fado, bossa nova, vira e revira carnaval. Vagabundo e nobre, nobilíssimo. Vê-se na janela da alma facinho facinho quem ama.
O amor não é nada fácil, não facilita. Dificulta, eninha, dá um nó. Segue largo, afunila, cai como cachoeira e volta a ser largo para seguir plácido até a próxima esquina quando mais uma vez surgirão pedras. Não se comporta, não passa vergonha, liga no dia seguinte.
Não se compra, não é importado, não é Ferrari, não é Cristal, não se lê, não se decifra e te devora.
O amor é calmo, tranqüilo, tem sono, preguiça... dá medo, friozinho na barriga, dá segurança, entedia e volta a agitar.
Deixa história pra contar, filhos pra criar, pais para amar e mais uma vez reinicia. O amor é como a vida, é pela vida e o é para a vida, por toda vida.
O amor é mais ou menos isso e não tem coerência ou mesmo resposta simples.
" Que não seja imortal posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure"

Escrito em 24/01/2009

RESUMÃO( por Adonay):

Pediram para ela falar de amor, e ela falou de um monte de coisas menos de amor. Conclui o texto com "o amor é mais ou menos isso", isso o que?

Adonay.

Marcha nupcial

Uma amiga minha vai casar. Casar-se-á em uma semana. Uma pessoa muito, muitíssimo querida. Pediu-me ontem que escrevesse. "Você nunca mais escreveu!"
E aí vai! Pra você Patrícia, Pati, Patica:
SOBRE O CASAMENTO:
Em verdade, nunca fui realmente casada no papel, alianças no dedo, contrato firmado, festinha comemorativa, parabéns aos noivos, a escolha dos docinhos, o convite, lista de presentes, lua de mel, despedida de solteira, decisão do dia, fotos, dia da noiva, "na saúde e na doença" e o apoteótico "SIM" na igreja.
Mas já tive vida conjunta, contas divididas, comida queimando no fogão, "como foi seu dia hoje?", dormir abraçadinho, acordar de cara amassada, cabelos eninhados, novela das oito nos sábados à noite, pizza no domingo, chorinho de saudade de casa, mi mi mi, calor em dia de chuva, viajar juntinho, discutir o futuro, decidir caminhos, seguir pareado, pratos sujos na pia, "bom dia meu amor", "vamos sair pra jantar?", apelidinhos bobos, cansar da cara dele, achar ele a coisa mais linda do mundo, achar que nem é tudo isso, voltar a achá-lo perfeito, carnaval achando que beijar a boca do mundo nem é isso tudo e melhor mesmo só uma, faxina, lavar roupa, "tá eu vou também", "às vezes não te entendo", "sei exatamente o que vc está pensando", risinhos só de olhar, as manias, histórias pra contar...
Casar é bem complexo, é rompimento e continuidade, tem data marcada pra começar, idéia de que não terá fim, a eternidade em mar de rosas, a vida vai mudar( nem tanto), friozinho na barriga, "será, será mesmo?", "sim, é isso", casar é divertido e entediante, é diferente e tudo igual, é seguir a vida como nos foi ensinado, é o achar alguém, encontrar e se encontrar.
Pati, torço por você, sabe disso. Sabe que admiro, elogio sem pudor e fico feliz quando te vejo feliz. Amiga, case-se, diga o "sim"sonoramente, dance sem sapato na festa, borre a maquiagem, quase perca o vôo para Paris no dia seguinte, ressaca monstra, lembranças lindas. Tudo isso fica Patica, tudo.
Volte mesmo de São Paulo.
Aí está seu e-mail, todinho seu.
Escrito em 12/01/2009

RESUMÃO( por Adonay):

Idéia da autora em dedicar textos para as pessoas. Neste ela parabeniza a colega Pati que vai se casar, e aconselha mandar ver na festa de casamento. Noite de núpcias já era. Isso me lembrou um clássico da MPB - "Beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é namorar pelado." - autor desconhecido.